sábado, novembro 06, 2010

Recandidatura de Cavaco Silva à PR

Eu não apoio a recandidatura de Cavaco Silva à Presidência da República!!!!!!

Começo desta forma para que fique bem clara a minha posição quanto ao assunto que me leva a escrever.

Cavaco Silva ( afirmo este ponto de vista à mais de um ano) mostrou finalmente que aquilo que o preocupa é a sua carreira política e não o bem estar dos cidadãos Portugueses, pois se esta última fosse a sua preocupação maior, há muito tinha dissolvido a AR não deixando que meia dúzia de incompetentes (refiro-me óbviamente ao PS e (des)Governo de José Socrates) afundassem este nosso País ao ponto de muitos do meus concidadãos se estarem a ver num futuro muito próximo, numa situação de pobreza.

Cavaco Silva deixou, a meu ver, que estes incompetentes afundassem Portugal ( relembro que quando foi 1º Ministro também teve a sua cota parte de responsabilidade no caminho que nos trouxe até esta situação) a um ponto em que, através da manipulação da opinião pública feita com intervenções e posições no "timing" perfeito, se pudesse olhar para ele como se de um "salvador da pátria" assim se tratasse.

Não voto nem apoio Cavaco Silva na sua recandidaturs a Belém mas, também afirmo publicamente que dos restantes candidatos nenhum me convence, pelo que a continuarem apenas os que já mostraram a sua disponibilidade, votarei em branco, voto que conta, ao contrário dos votos nulos ou das abstenções.

Espero que esta minha posição ajude outros a pensarem da mesma forma e mesmo que não o façam, que simplesmente votem, pois o voto é uma das mais fortes formas de escolha e poder em democracia.

Será pedir muito ou será Politicamente (in)Correcto?

OE 2011 - Venha o FMI

Agora que a novela do OE para 2011 está mais ou menos resolvida, gostaria aqui de explanar o meu ponto de vista sobre o assunto. Afirmarão alguns que só agora falo pois quase tudo foi dito, mas para esses apenas digo que, de forma a não "atirar mais achas para a fogueira", decidi manter-me na expectativa do que pudesse acontecer.

Antes de iniciar o meu raciocínio, detesto ter de concordar com o deputado do PCP Honório Novo,mas o mesmo tem razão quando diz que boa parte do que está a acontecer à situação económica do nosso país é, de facto, um puro ataque dos especuladores internacionais pois, mesmo após a aprovação do OE, os juros da dívida pública de Portugal continuaram a subir e apenas começaram a descer após a comunicação feita pelo FMI, na passada sexta-feira, de que o risco de incumprimento de Portugal não é tão elevado como os especuladores assim o fazem crer.

Para que não haja qualquer dúvida sobre a minha posição, não sou daqueles que afirmam que é melhor um mau orçamento do que não haver orçamento, embora concorde com boa parte da intervenção de Manuela Ferreira Leite na AR, pois uma situação deste tipo só é exequível se, na execução e cumprimento do OE, estiver uma equipa competente.

Ora, aqui é que chegamos ao busílis da questão, pois este (des)Governo do PS já mostrou, contra tudo e contra todos (incluindo altos membros do PS) que fazem da incompetência palavra de ordem. A equipa chefiada por José Socrates( não digo liderada pois ao sr. Pinto de Sousa faltam-lhe muitas coisas para ser um líder, principalmente humildade), tem afundado este país a um nível nunca antes atingido. Este (des)Governo tem mostrado um despesismo nunca antes conseguido. Este (des)Governo não consegue alhear-se do monstro que construiu para manipular a vida dos Portugueses e mesmo depois de avisado pelas instâncias internacionais da débil situação financeira em que estávamos, decidiu ignorar tudo e todos e dar vários passos em frente para o abismo, continuando a aumentar a despesa pública.

Resta-me lamentar a posição assumida pelo meu PSD de viabilizar o OE, pois a única coisa que fez foi adiar o inadiável. O FMI vai ter de chegar a Portugal ( não que esta situação me agrade), pois ninguém acredita que este (des)Governo consiga cumprir as medidas do OE de forma a atingirmos os objectivos propostos.

A entrada do FMI no nosso país, irá sem dúvida ser dura para a vida dos Portugueses, mas as medidas que o mesmo implementaria não seriam muito diferentes das agora aprovadas na AR, a diferença é que sabíamos à partida, que durante dois ou três anos iríamos sofrer mas, após esse período, retomaríamos um período de crescimento e prosperidade.

Pena que em Portugal a classe política seja cada vez mais descridibilizada perante a opinião pública, pois infelizmente, em todos os sectores, sejam da esquerda à direita, os valores que mais importam não são o do bem estar comum mas sim as agendas privadas de cada partido.

Está na hora de mudar o tipo de políticos a quem temos entregue o nosso País.
Será pedir muito ou será Politicamente (in)Correcto?