sábado, novembro 06, 2010

Recandidatura de Cavaco Silva à PR

Eu não apoio a recandidatura de Cavaco Silva à Presidência da República!!!!!!

Começo desta forma para que fique bem clara a minha posição quanto ao assunto que me leva a escrever.

Cavaco Silva ( afirmo este ponto de vista à mais de um ano) mostrou finalmente que aquilo que o preocupa é a sua carreira política e não o bem estar dos cidadãos Portugueses, pois se esta última fosse a sua preocupação maior, há muito tinha dissolvido a AR não deixando que meia dúzia de incompetentes (refiro-me óbviamente ao PS e (des)Governo de José Socrates) afundassem este nosso País ao ponto de muitos do meus concidadãos se estarem a ver num futuro muito próximo, numa situação de pobreza.

Cavaco Silva deixou, a meu ver, que estes incompetentes afundassem Portugal ( relembro que quando foi 1º Ministro também teve a sua cota parte de responsabilidade no caminho que nos trouxe até esta situação) a um ponto em que, através da manipulação da opinião pública feita com intervenções e posições no "timing" perfeito, se pudesse olhar para ele como se de um "salvador da pátria" assim se tratasse.

Não voto nem apoio Cavaco Silva na sua recandidaturs a Belém mas, também afirmo publicamente que dos restantes candidatos nenhum me convence, pelo que a continuarem apenas os que já mostraram a sua disponibilidade, votarei em branco, voto que conta, ao contrário dos votos nulos ou das abstenções.

Espero que esta minha posição ajude outros a pensarem da mesma forma e mesmo que não o façam, que simplesmente votem, pois o voto é uma das mais fortes formas de escolha e poder em democracia.

Será pedir muito ou será Politicamente (in)Correcto?

OE 2011 - Venha o FMI

Agora que a novela do OE para 2011 está mais ou menos resolvida, gostaria aqui de explanar o meu ponto de vista sobre o assunto. Afirmarão alguns que só agora falo pois quase tudo foi dito, mas para esses apenas digo que, de forma a não "atirar mais achas para a fogueira", decidi manter-me na expectativa do que pudesse acontecer.

Antes de iniciar o meu raciocínio, detesto ter de concordar com o deputado do PCP Honório Novo,mas o mesmo tem razão quando diz que boa parte do que está a acontecer à situação económica do nosso país é, de facto, um puro ataque dos especuladores internacionais pois, mesmo após a aprovação do OE, os juros da dívida pública de Portugal continuaram a subir e apenas começaram a descer após a comunicação feita pelo FMI, na passada sexta-feira, de que o risco de incumprimento de Portugal não é tão elevado como os especuladores assim o fazem crer.

Para que não haja qualquer dúvida sobre a minha posição, não sou daqueles que afirmam que é melhor um mau orçamento do que não haver orçamento, embora concorde com boa parte da intervenção de Manuela Ferreira Leite na AR, pois uma situação deste tipo só é exequível se, na execução e cumprimento do OE, estiver uma equipa competente.

Ora, aqui é que chegamos ao busílis da questão, pois este (des)Governo do PS já mostrou, contra tudo e contra todos (incluindo altos membros do PS) que fazem da incompetência palavra de ordem. A equipa chefiada por José Socrates( não digo liderada pois ao sr. Pinto de Sousa faltam-lhe muitas coisas para ser um líder, principalmente humildade), tem afundado este país a um nível nunca antes atingido. Este (des)Governo tem mostrado um despesismo nunca antes conseguido. Este (des)Governo não consegue alhear-se do monstro que construiu para manipular a vida dos Portugueses e mesmo depois de avisado pelas instâncias internacionais da débil situação financeira em que estávamos, decidiu ignorar tudo e todos e dar vários passos em frente para o abismo, continuando a aumentar a despesa pública.

Resta-me lamentar a posição assumida pelo meu PSD de viabilizar o OE, pois a única coisa que fez foi adiar o inadiável. O FMI vai ter de chegar a Portugal ( não que esta situação me agrade), pois ninguém acredita que este (des)Governo consiga cumprir as medidas do OE de forma a atingirmos os objectivos propostos.

A entrada do FMI no nosso país, irá sem dúvida ser dura para a vida dos Portugueses, mas as medidas que o mesmo implementaria não seriam muito diferentes das agora aprovadas na AR, a diferença é que sabíamos à partida, que durante dois ou três anos iríamos sofrer mas, após esse período, retomaríamos um período de crescimento e prosperidade.

Pena que em Portugal a classe política seja cada vez mais descridibilizada perante a opinião pública, pois infelizmente, em todos os sectores, sejam da esquerda à direita, os valores que mais importam não são o do bem estar comum mas sim as agendas privadas de cada partido.

Está na hora de mudar o tipo de políticos a quem temos entregue o nosso País.
Será pedir muito ou será Politicamente (in)Correcto?

domingo, junho 27, 2010

Mundial de Futebol

Deveriam existir Campeonatos Mundiais de Futebol de seis em seis meses.

Este certamente deve ser um dos pensamentos de José Socrates pelos dias de hoje, pois enquanto o Povo se delicia e maravilha com os embates de futebol, não se lembra da miséria em que vive e gasta o que não tem para celebrar os feitos dos "nossos" Navegadores em terras de Mandela.

E entre visitas do Papa,Campeonatos de Futebol e o funeral do Saramago, o (des)Governo deste país lá se vai mantendo no poleiro, fazendo passar medidas como a não aplicação dos cortes de 5% nos rendimentos dos assessores e demais séquito dos detentores de cargos políticos, pois como todos sabemos, esta malta é necessitada e não pode ser atingida pela crise.

Será possível a esta corja terem um pouco de vergonha?

Será pedir muito ou será Politicamente (in)Correcto?

SCUT

Sobre este assunto apenas quero dizer o seguinte:

Se eu ou qualquer cidadão de Évora ( e certamente de outras localidades) nos quisermos dirigir a Lisboa e quisermos ir por auto-estrada, temos de pagar, por que não devem pagar os cidadãos que a toda a hora têm acesso a este tipo de via, sem qualquer pagamento?
O argumento de que não têm alternativa não é válido, pois têm estradas nacionais como todos nós, apenas estão mal habituados.
Pago tantos impostos como qualquer cidadão, portanto penso que a implementação de portagens nas SCUT vem restabelecer a justiça que nunca existiu quanto a este tipo de vias .

Será pedir muito ou será Politicamente (in)Correcto?

segunda-feira, maio 10, 2010

Investimentos Públicos

Ninguém percebe o porquê da obra do TGV ir avançar, embora mais pequena, em tempos que se avizinham ainda mais difíceis do que até agora.
Só por um capricho ou teimosia pura, é que este (des)governo mantém este investimento ao contrário do que fez com outros, casos do novo Aeroporto ou da nova travessia do Tejo.
Numa época em que se preparam aumentos de impostos vísiveis (IVA) ou encapotados (redução dos benefícios fiscais), medidas que vão afectar a totalidade da população portuguesa e que a acontecerem seriam mais efectivas se o Estado não se endividasse mais, fruto de delírio, teimosia ou pura estupidez dos nossos (des)governantes, não é razoável que este investimento se mantenha.

Será pedir muito ou será Politicamente (in)Correcto?

Austeridade é para todos!!!

Por muito que me custe, pois estamos em campos políticos totalmente opostos, ao ouvir as declarações de Francisco Louçã na televisão, sobre quais as medidas que o BE pretende apresentar para ajudar no combate ao défice, dei por mim a pensar que as mesmas até me parecem bastante justas, senão vejamos:
- Uma taxação de 25% para os lucros dos bancos
- A cobrança efectiva de uma taxa sobre as operações em off-shores
- Um novo escalão de taxação sobre os prémios e bonús dos gestores públicos que pode ir até aos 75%, consoante o nível desses bónus.

Quanto à primeira, parece-me que se poderia ir um pouco mais longe, pois a banca tem apresentado, mesmo em tempos de crise, lucros astronómicos graças também a esquemas que os próprios bancos montaram que roçam o limiar daquilo que se pode chamar de usura, sempre com a conivência, peço desculpa, sempre com a pouca fiscalização da entidade (des)reguladora que é o Banco de Portugal.
Pode ser que o novo Governador do BP seja um pouco mais competente que o seu antecessor Vitor Constâncio, pese embora que esse aumento de competência não o levará certamente a vice presidente do BCE.

A segunda medida parece-me interessante, pois se eu que tenho algum aforro e invisto em fundos de risco ou bolsa tenho de pagar imposto sobre as mais valias, porque não deverão os que têm poder financeiro para tal pagar impostos sobre as verbas que deslocam de e para off-shores.

Quanto à terceira, peca por escassa, pois se o estado está em regime de contenção de custos não faz sentido pagar milhões aos gestores públicos (não pensem que estou contra os gestores públicos ganharem milhões, pois os mesmos limitam-se a receber aquilo que o Estado lhes prometeu em troca de determinados resultados).
Explanemos então um pouco mais este meu racíocinio; como diz a voz do povo, "quem não tem dinheiro não tem vícios", ou seja, se o estado está tão depauperado como aparenta, em vez de pagar os valores astronómicos que se veiculam na praça pública a estes supostos suprasumos (não dúvido que alguns sejam realmente competentes, como por exemplo o Paulo de Macedo ou o António Mexia) deveria o Estado investir nalguns dos jovens licenciados desempregados que existem aos pontapés neste país, muitos deles com tantas ou mais capacidades que os anteriores, simplesmente ninguém aposta neles e de certeza que bem mais baratos.

Será pedir muito ou será Politicamente (in)Correcto?

Mentir é feio Sr(s), ou será que a vossa mãezinha não vos disse!

Assim vai este país em que uma cambada de mentirosos, de mentira em mentira vai (des)governando este nosso cantinho à beira mar plantado.
Apenas estranho que, o nosso povo, um povo de brandos costumes, não se revolte contra esta corja que tomou conta de Portugal.
Tal como disse Miguel Sousa Tavares hoje no seu "Sinais de Fogo", após a garantia por parte do ainda 1º Ministro de Portugal de que não haveria aumento de impostos além do que estava no tão famigerado PEC, o (des)Governo prepara-se para aumentar o mais injusto dos impostos (IVA), sob o pretexto de ser uma medida necessária à contenção do défice. Mais curioso ainda é o espaço temporal em que esta medida é apresentada, isto é, entre a vitória do Benfica no futebol e a vinda do Papa a Portugal.
"O povo é sereno" desde que ande entretido com as festividades que se avizinham.

Será pedir muito que não nos enganem mais ou será Politicamente (in)Correcto?

domingo, maio 09, 2010

Viagens da deputada - parte 2

Ao que parece, as viagens da deputada Inês de Medeiros a Paris, foram aprovadas na Assembleia da República porque os deputados da CDU faltaram à votação. Felizmente a deputada em questão teve mais vergonha e prescindiu das mesmas

quarta-feira, fevereiro 24, 2010

Tenha vergonha Sr.ª Deputada!

Ao ler o artigo do Jornal I, cujo link segue abaixo, sobre a polémica das ajudas de custo, neste caso sobre as referidas ajudas à deputada Socialista Inês de Medeiros, impõe-se a pergunta que dá título a esta crónica.
Que moral terá qualquer pessoa que quer praticar o velho ditado popular “faz o que te digo, não faças o que eu faço”, mas neste caso subvertendo o sentido positivo e pedagógico dado ao mesmo, quando esta deputada eleita pelo círculo de Lisboa, vem agora requerer à Assembleia da República que lhe sejam pagas ajudas de custo com valor equivalente ao das ajudas pagas aos deputados eleitos pelo círculo da Europa, em virtude de a sua morada, bem como a da sua família ser em Paris.
Ora numa altura em que a palavra de ordem é poupar, parece-me demais, para além de não ser justo, uma vez que a mesma indicou uma morada de Lisboa aquando da candidatura. Há uns tempos atrás li um artigo num jornal que dava conta que as ajudas de custo pagas a esta deputada seriam de cerca de 568€ dia (estou a referir o valor indicado na reportagem), mais as viagens ao fim-de-semana a Paris para visitar a família e julguei que a referida reportagem fosse apenas uma brincadeira de mau gosto, pois se fizermos as contas com estes valores, esta deputada recebe, só de ajudas de custo, mais de 10 000€ mensais, o que é um valor verdadeiramente obsceno para a realidade nacional.
Com esta situação, chego à conclusão que independentemente da sua maior ou menor necessidade, da sua maior ou menor cultura, da sua maior ou menor capacidade de trabalho, deputados como esta Sr.ª, são apenas mais uns “chupistas” entre os muitos que vivem à conta do contribuinte.
Tenha vergonha Sr.ª Inês de Medeiros e retire dos serviços da Assembleia da República esta sua pretensão.
Será pedir muito ou será Politicamente (in)Correcto?
http://www.ionline.pt/conteudo/48185-ines-medeiros-devera-ter-pagar-viagens-paris

segunda-feira, fevereiro 22, 2010

Petição para demitir o Primeiro-ministro

Para quem como eu está farto de ver o José Sócrates mentir descaradamente e o Cavaco Silva sem fazer nada, afundando ambos este país ainda mais, desafio a assinarem a petição que hoje coloquei na net cujo link segue abaixo.

http://www.peticaopublica.com/?pi=P2010N1397

sexta-feira, fevereiro 12, 2010

Será que é desta que o “Polvo” seca de vez?

Se vivêssemos num qualquer país civilizado como supostamente os nossos (des)governantes nos querem fazer crer (embora todas as evidências, a começar pelos mesmos, nos mostrem que a realidade é totalmente oposta) já o Primeiro-ministro teria pedido a demissão, fruto de todos os escândalos em que se viu envolvido e mesmo que fosse inocente (o que não acredito), o clima de suspeição que se instalou em seu redor é por demais insustentável.
Nunca na história da democracia Portuguesa um governante mostrou tanta falta de pudor, tanto desprezo pela verdade e faltou tanto à verdade perante a nossa sociedade, fazendo com que até dentro do PS alguns dos seus camaradas (se eu fosse comunista teria vergonha de me chamarem camarada se o termo de comparação forem pessoas como José Sócrates e seus correligionários), como a eurodeputada Ana Gomes já se insurgem contra esta situação acusando os boys do PS de “ruminantes”, isto sem querer ofender esse tipo de animais.
Mas nesta situação, não é apenas José Sócrates e “sus muchachos” que ficam mal na fotografia, mas também o Procurador-geral da República e o Presidente do Supremo Tribunal de Justiça, uma vez que os mesmos ainda não conseguiram mostrar ao povo que decidiram com isenção, dando cada vez mais a ideia de que existe “promiscuidade” entre o Estado e a Justiça Portuguesa.
Infelizmente, para quem tem de viver em Évora (penso que não deve ser caso isolado), nada disto nos surpreende, uma vez que os (des)governantes desta cidade (recordo que a CME é liderada à três mandatos pelo PS) encabeçados por José Ernesto Oliveira têm tido o mesmo tipo de comportamento em todos os seus mandatos.
Basta ter atenção à relação difícil que o Presidente da CME tem tido com a verdade e as campanhas de difamação e desinformação que os seus boys elaboram perante os nossos munícipes, bem como a influência que os mesmos têm nos órgãos locais de Comunicação Social.
Demitam-se, pois “à mulher de César não basta parecer séria, tem de o ser” e o Polvo se não for bem seco cheira mal.
Será pedir muito ou será Politicamente (in)Correcto?

quarta-feira, fevereiro 03, 2010

Especulação na Azeitona e Azeite

Nas conversa que tenho tido com diversos olivicultores sobre o preço da azeitona e consequentemente com o preço do azeite, um ponto comum vem à baila em todas elas, que o facto de que alguém anda a ganhar fortunas com este negócio.
Se o preço da matéria-prima (azeitona) desce junto do produtor, o mais normal numa economia de mercado é que o preço dos produtos (azeite) que de si derivam desça também. Errado. O preço do azeite não tem acompanhado a descida do preço da azeitona e para este ano, após uma colheita que em termos de quantidade foi soberba, será de esperar que o preço do azeite desça, mas tal sinal não se está a verificar.
Perante esta situação, resta saber quem nos está “ a ir ao bolso”, sabendo de antemão que os olivicultores não são.
Será pedir muito ou será Politicamente (in)Correcto?

Censura ou falta de vergonha?

Escrevo esta crónica com o intuito de, enquanto me é permitido exprimir a minha opinião livremente, prestar a minha homenagem ao grande jornalista que é o Mário Crespo.
Mas ao prestar esta homenagem ao Mário Crespo, não a presto apenas a si mas também aqueles que como ele, não têm medo de dar a sua opinião, principalmente no que concerne às injustiças e perseguições que o (des)governo de José Sócrates tem perpetrado contra quem ousa discordar da sua governação.
Independentemente da maior ou menor veracidade da conversa que deu origem a que o artigo de opinião de Mário Crespo no Jornal de Notícias, depois da forma como o PS conseguiu “eliminar” as vozes incomodativas da TVI (José Eduardo Moniz e Manuela Moura Guedes) já se esperava e ninguém duvida, que de uma forma ou de outra Mário Crespo e Medina Carreira, seriam os alvos a abater.
Ora desta vez tiveram azar, porque os “bufos” também existem do outro lado, fazendo com que o assunto chegasse aos ouvidos do jornalista que, mercê da sua experiência, não demorou a perceber o porquê do súbito fim da sua colaboração de cerca de dois anos com o JN.
Consequências desta situação, são os inquéritos abertos pela Entidade Reguladora da Comunicação bem como o escândalo que desta vez demorará mais a resolver, uma vez que o grupo de Balsemão, felizmente, ainda não é dominado por um qualquer grupo de empresários Socialistas, sejam eles nacionais ou espanhóis.
O José Sócrates já demonstrou que lida mal com a crítica, principalmente quando a mesma é feita de forma sucessiva por pessoas que cativam e merecem o respeito de toda a sociedade e, quando essa crítica tem fundamento ou resulta de autênticos “tiros no pé” que o próprio ou os seus ministros, vão dando.
A censura deveria ter acabado com o 25 de Abril de 1974 mas pelo que se vê ainda existem uns e outros que pensam o contrário, talvez inspirados pelas teorias de esquerda que foram praticadas pelos regimes comunistas do passado e do presente (caso da Venezuela); talvez seja por isto que o Hugo Chávez gosta tanto de José Sócrates, uma vez que são tão parecidos.
O (des)governantes de Portugal deveriam ter mais vergonha na cara e aceitar a liberdade de expressão tal como ela é, uma vez que a crítica deve ser encarada como uma hipótese para melhorar e não como um ataque pessoal.
Será pedir muito ou será Politicamente (in)Correcto?

terça-feira, fevereiro 02, 2010

Orçamento Estado 2010/Despesismo dos Ministros Portugueses

Ao ler a reportagem publicada hoje no Diário de Notícias sobre o OE para 2010, veio-me a cabeça a expressão popular “desavergonhados”, expressão esta que designa pessoas com falta de vergonha na cara, que pensam que enganam os demais.
Como é possível que tantos portugueses continuem a acreditar num (des)governo PS que tem afundado cada vez mais este país, após tantas promessas não cumpridas?
No reportagem em questão, é possível verificar que um (des)governo que nos pede à quase cinco anos para “apertar-mos o cinto”, que congela o aumento dos salários dos funcionários públicos (não que essa situação me incomode uma vez que no sector privado esta situação é normal e justifica-se em tempos de crise) para conter a despesa do Estado, aproveita agora para, e passo a citar, “vai aumentar a factura das suas despesas, em viagens, hotéis, telemóveis, carros e combustíveis em 3,2%... E atenção: estes gastos referem-se ao estrito número de pessoal directamente ao serviço dos 17 ministros e não incluem as contas dos secretários de Estado e demais equipas”.
Ora falemos de valores concretos para se perceber a grandeza dos números. Este aumento de 3,2% significa que se passam cerca de 5,7 milhões de euros em 2009, para cerca de 5,9 milhões de euros em 2010.
Mas como diz o povo “chamemos os bois pelos nomes” e escalpelizemos melhor este aumento, referindo em cada um dos items consagrados para estas contas, apenas os exemplos mais escandalosos:
• Hotéis e viagens – Ministro dos Negócios Estrangeiros
2009 – 122 798€ 2010 – 500 000€
• Telemóveis – Ministra do Ambiente
2009 – 39 000€ 2010 – 80 000€
• Carros – Ministra do Ambiente
2009 – 44 707€ 2010 – 117 000€
• Combustíveis - Ministra do Ambiente(a) e Ministro dos Negócios Estrangeiros(b)
2009 – 19 000€ 2010 – 70 000€(a)
2009 – 4 500€ 2010 – 15 000€(b)
• Horas extraordinárias – Ministro da defesa
2009 – 130 000€ 2010 – 150 000€
• Ajudas de custo - Ministra do Ambiente(a) e Ministro da Presidência(b)
2009 – 5 000€ 2010 – 40 000€(a)
2009 – 925€ 2010 – 4 000€(b)
• Estudos e pareceres – Ministro das Obras Públicas
2009 – 1 500€ 2010 – 43 411€
Estudando os números é possível chegar à conclusão que nalguns casos os aumentos
chegam a ser de mais de 300% relativamente ao ano transacto, o que torna a situação mais vergonhosa. Os defensores do PS, nomeadamente os seus “boys” nos seus blogues “insuspeitos”, irão alegar que existem cortes em algumas despesas e que o aumento, no seu total é apenas de 3,2% mas se tais cortes existem (refira-se que apenas o Ministro das Finanças dá o exemplo e corta a despesa em quase todos os itens) não são suficientes pois um aumento da despesa de 3,2% num ano em que a inflação prevista é de 0,8% continua a ser um aumento bastante grande.

Sugiro aos membros do (des)governo de Portugal que sigam os bons exemplos lá de fora e que também já acontecem em Portugal ( se não estou em erro na CM da Vidigueira) e reduzam os respectivos salários como mais uma medida para combater o défice, como forma de acabarem com o regabofe a que estavam a habituados na legislatura anterior, onde contavam com uma maioria parlamentar que permitiu desvarios deste tipo durante 4 anos, isto é, como forma de dar o exemplo.

Será pedir muito ou será Politicamente (in)Correcto?

segunda-feira, fevereiro 01, 2010

Desemprego em Portugal

Ao ler o artigo do Expresso (30-01-2010) “Queremos um emprego para os nossos pais” a primeira imagem que me veio à cabeça foi a das faces das pessoas que no final de Janeiro pude observar quando me desloquei ao IEFP de Évora, faces estas que como as dos muitos portugueses que se encontram desempregados, mostram expressões de dor mas principalmente desespero, perante a situação em que se encontram.
Falo de desespero pois, em muitos casos mas não só, todos os trabalhadores de uma família se encontram numa situação que está a minar e desagregar as famílias portuguesas e, consequentemente, a sociedade portuguesa. E já nem se pode falar de falta de apoio por parte das entidades competentes (embora ainda não seja, nem de perto, o que seria desejável), uma vez que mesmo tendo em conta a diminuição de tempo mínimo para se poder ter direito ao subsídio de desemprego aprovada recentemente ou o subsídio social de desemprego (cujos valores continuam a ser vergonhosos) há uma realidade a que a maior parte destes desempregados não podem escapar.
Não podem escapar à realidade da crise económica, e não só, que a nossa sociedade atravessa, crise esta que faz com que um indivíduo de 35 anos possa ser considerado novo para se reformar mas velho para trabalhar (assim se desculpam os empregadores). Quanto a esta realidade permitam-me apenas opinar que como é normal nunca seguimos os bons exemplos que vêm de fora, uma vez que nas sociedades mais avançadas os trabalhadores (ou colaboradores, como as empresas gostam de dizer na actualidade) mais experientes são bastante valorizados em virtude dessa mesma experiência. E não pensem que estou a falar de algo que não conheço ou não me afecta, porque o viver e trabalhar fora do nosso país permitiu-me conhecer outras realidades mas também porque o flagelo do desemprego me bateu à porta, fazendo com que pertença aos mais de 500 mil desempregados de Portugal.
Mas voltando ao artigo que me levou a escrever esta crónica, após a revolta inicial mas profunda da situação que os especuladores económicos criaram e que com a ajuda dos (des)governos incompetentes, como o do José Socrates, colocaram o nosso Portugal à beira da ruptura, outra mensagem mais relevante e que me fez acreditar que é possível dar a volta, se me colocou.
Uma mensagem de esperança num futuro melhor, pois os jovens que antes viviam num conceito de sociedade consumista, em que o que é valorizado é a posse de bens materiais, quanto mais caros melhor, são agora jovens que, fruto do desemprego que atingiu os seus progenitores, se voltam mais para uma nova concepção de valores, que valoriza mais o belo da simplicidade, sem necessidade de tanto materialismo e que estão a aprender a viver e a ser felizes com o pouco que têm.
Resta-me apenas pedir aos nossos actuais (des)governantes que criem condições reais para a solução deste flagelo que é o desemprego, mas que não se esqueçam de criar condições para que estes jovens possam ser devidamente apoiados, enquanto os seus pais não o puderem fazer.
Será pedir muito ou será Politicamente (in)Correcto?

quinta-feira, janeiro 14, 2010

Évora: cidade da excelência ou da incompetência?

Ao ler o artigo de Francisco Costa, assessor de José Ernesto Oliveira, hoje publicado no Diário do Sul um sentimento de revolta se me levanta. Sim, revolta, porque os nossos impostos continuam a ser desbaratados com os salários (ou prestações de serviços) principescos que estes “boys” recebem para continuarem a defesa de um PS que aos olhos de todos os eborenses têm ajudado afundar cada vez mais a nossa cidade.
Mais revoltante se torna esta situação quando uma parte dos munícipes desta cidade ainda se deixa enganar por esta gente, atribuindo-lhes uma das coisas que de mais sagrada e mais poder que um cidadão tem, o seu voto.
Mas voltando ao que me levou a escrever esta crónica, sugiro que alguém explique a este assessor do Presidente da CME que é por causa de políticos como ele e de textos como o que hoje foi publicado no DS, que os cidadãos deixaram de acreditar na classe política, principalmente nos políticos profissionais, como é o seu caso.
Gostei especialmente da parte em que segundo este Sr. “Só uma gestão rigorosa e a definição estratégica de prioridades permitiu que a Cidade e todas as Freguesias fossem beneficiadas…”. Só alguém que está desesperado por continuar a tentar iludir os eborenses poderá acreditar numa única palavra, uma vez que, como vem referido no Mais Évora, a listagem de promessas por cumprir é quase infindável e onde os factos desmentem todas as afirmações proferidas. Já agora, espero que este assessor não leve a mal, não maltrate a nossa língua, mas para o texto estar em português correcto deveria ter escrito permitiram na citação que fiz acima.
Segundo este correligionário do Presidente da CME, Évora será uma cidade de excelência mas, segundo todos os factos e dados referentes à nossa cidade desde que o PS chegou ao poder na CME, Évora é certamente uma cidade da incompetência.
Quando o elenco da CME se encontra isolado até dentro do próprio partido e quando a responsabilidade de toda a incompetência é constantemente empurrada para a oposição, resta apenas uma saída digna (se é que sabem o que é dignidade) a este executivo: a demissão.
Será pedir muito ou será Politicamente (in)Correcto?

“WaterGate” Eborense ou o caso do corte do fornecimento de água à cidade

Agora que a poeira assentou ou, mais concretamente os “iões de alumínio” segundo o ainda Presidente da Câmara Municipal de Évora, julgo ser a altura de tecer algumas considerações a este caso e também ao vergonhoso chorrilho de comunicados lançados para a comunicação social por parte de José Ernesto Oliveira e “sus muchachos”.
Comecemos pelo ponto fulcral da questão, que foi o corte do abastecimento de água em plena época de abundância sem qualquer aviso prévio à população. De acordo com as informações oficiais e em teoria, os reservatórios do Alto de São Bento (com capacidade de cerca de 21 mil metros cúbicos de água), conseguiriam abastecer a nossa cidade durante dois dias, mas tal não aconteceu.
Perante esta situação duas questões se me levantam: ou os reservatórios estavam vazios ou o corte do abastecimento foi efectuado dois dias antes do publicamente assumido pela CME. Se os reservatórios estavam vazios, a CME tem de explicar à população o porquê dessa situação, uma vez que a mesma a ter acontecido é anómala; se o corte de abastecimento foi feito dois dias antes do assumido pela CME significa que o elenco camarário já sabia da contaminação da água há mais tempo e que para poder escoar esta, não teve qualquer pejo em fornecê-la à nossa população.
Atendendo a estas duas questões compete ao Sr. José Ernesto Oliveira responder às seguintes questões:
• Estavam ou não os depósitos de Reserva vazios?
• Desde quando soube a CME desta contaminação?
• Existe um Plano de contingência para este tipo de situação? Se existe qual é? E porque não funcionou?
• Em que medida foi afectada a qualidade de vida dos Eborenses?
• Deve a CME pedir desculpa à população em virtude da falta de aviso?
• Quem deve ser responsabilizado pelos danos causados aos comerciantes e à população em geral, a CME ou a Águas do Centro Alentejo?
Passemos então aos comunicados emitidos pelo elenco camarário e seus assessores, cheios de contradições relativamente às informações divulgadas no próprio dia pelo Ministério do Ambiente, pela Quercus e pela Águas do Centro Alentejo, no dia dos acontecimentos.
No dia 06 de Janeiro o ainda Presidente da CME passou o tempo em comunicados aos órgãos de comunicação social (principalmente às televisões) que começaram por indicar como causa provável do corte o rebentamento de condutas até à versão final da contaminação por iões de alumínio devido ao excesso de precipitação e que teria sido uma situação repentina. Qualquer das versões foi prontamente contrariada em comunicados do Ministério do Ambiente e da Quercus, que apontavam para erro humano ao nível do tratamento e em comunicado da Águas do Centro Alentejo no qual é expresso que desde o fim-de-semana anterior (2 e 3 de Janeiro) se sabia que existia contaminação na água do Monte Novo, situação esta que levou a que os municípios de Reguengos de Monsaraz e Mourão deixassem de ser abastecidos pela referida albufeira e passassem a ser abastecidos pela albufeira da Vigia desde essa data.
Se esta última situação for verdadeira, torna-se vergonhosa e inexplicável a posição da CME relativamente Águas do Centro Alentejo, enquanto seu fornecedor de água, uma vez que a CME enquanto cliente desta empresa tem a obrigação e o dever moral de exigir um fornecimento de água de qualidade para os seus munícipes.
Por último, e não quero acreditar que seja verdade a aparência, de que o Sr. José Ernesto Oliveira foi o último a saber de todas os factos que levaram a esta situação, compete ao Presidente da CME responder às questões levantadas pela oposição com a maior urgência.
Será pedir muito ou será Politicamente (in)Correcto?