quarta-feira, fevereiro 24, 2010

Tenha vergonha Sr.ª Deputada!

Ao ler o artigo do Jornal I, cujo link segue abaixo, sobre a polémica das ajudas de custo, neste caso sobre as referidas ajudas à deputada Socialista Inês de Medeiros, impõe-se a pergunta que dá título a esta crónica.
Que moral terá qualquer pessoa que quer praticar o velho ditado popular “faz o que te digo, não faças o que eu faço”, mas neste caso subvertendo o sentido positivo e pedagógico dado ao mesmo, quando esta deputada eleita pelo círculo de Lisboa, vem agora requerer à Assembleia da República que lhe sejam pagas ajudas de custo com valor equivalente ao das ajudas pagas aos deputados eleitos pelo círculo da Europa, em virtude de a sua morada, bem como a da sua família ser em Paris.
Ora numa altura em que a palavra de ordem é poupar, parece-me demais, para além de não ser justo, uma vez que a mesma indicou uma morada de Lisboa aquando da candidatura. Há uns tempos atrás li um artigo num jornal que dava conta que as ajudas de custo pagas a esta deputada seriam de cerca de 568€ dia (estou a referir o valor indicado na reportagem), mais as viagens ao fim-de-semana a Paris para visitar a família e julguei que a referida reportagem fosse apenas uma brincadeira de mau gosto, pois se fizermos as contas com estes valores, esta deputada recebe, só de ajudas de custo, mais de 10 000€ mensais, o que é um valor verdadeiramente obsceno para a realidade nacional.
Com esta situação, chego à conclusão que independentemente da sua maior ou menor necessidade, da sua maior ou menor cultura, da sua maior ou menor capacidade de trabalho, deputados como esta Sr.ª, são apenas mais uns “chupistas” entre os muitos que vivem à conta do contribuinte.
Tenha vergonha Sr.ª Inês de Medeiros e retire dos serviços da Assembleia da República esta sua pretensão.
Será pedir muito ou será Politicamente (in)Correcto?
http://www.ionline.pt/conteudo/48185-ines-medeiros-devera-ter-pagar-viagens-paris

segunda-feira, fevereiro 22, 2010

Petição para demitir o Primeiro-ministro

Para quem como eu está farto de ver o José Sócrates mentir descaradamente e o Cavaco Silva sem fazer nada, afundando ambos este país ainda mais, desafio a assinarem a petição que hoje coloquei na net cujo link segue abaixo.

http://www.peticaopublica.com/?pi=P2010N1397

sexta-feira, fevereiro 12, 2010

Será que é desta que o “Polvo” seca de vez?

Se vivêssemos num qualquer país civilizado como supostamente os nossos (des)governantes nos querem fazer crer (embora todas as evidências, a começar pelos mesmos, nos mostrem que a realidade é totalmente oposta) já o Primeiro-ministro teria pedido a demissão, fruto de todos os escândalos em que se viu envolvido e mesmo que fosse inocente (o que não acredito), o clima de suspeição que se instalou em seu redor é por demais insustentável.
Nunca na história da democracia Portuguesa um governante mostrou tanta falta de pudor, tanto desprezo pela verdade e faltou tanto à verdade perante a nossa sociedade, fazendo com que até dentro do PS alguns dos seus camaradas (se eu fosse comunista teria vergonha de me chamarem camarada se o termo de comparação forem pessoas como José Sócrates e seus correligionários), como a eurodeputada Ana Gomes já se insurgem contra esta situação acusando os boys do PS de “ruminantes”, isto sem querer ofender esse tipo de animais.
Mas nesta situação, não é apenas José Sócrates e “sus muchachos” que ficam mal na fotografia, mas também o Procurador-geral da República e o Presidente do Supremo Tribunal de Justiça, uma vez que os mesmos ainda não conseguiram mostrar ao povo que decidiram com isenção, dando cada vez mais a ideia de que existe “promiscuidade” entre o Estado e a Justiça Portuguesa.
Infelizmente, para quem tem de viver em Évora (penso que não deve ser caso isolado), nada disto nos surpreende, uma vez que os (des)governantes desta cidade (recordo que a CME é liderada à três mandatos pelo PS) encabeçados por José Ernesto Oliveira têm tido o mesmo tipo de comportamento em todos os seus mandatos.
Basta ter atenção à relação difícil que o Presidente da CME tem tido com a verdade e as campanhas de difamação e desinformação que os seus boys elaboram perante os nossos munícipes, bem como a influência que os mesmos têm nos órgãos locais de Comunicação Social.
Demitam-se, pois “à mulher de César não basta parecer séria, tem de o ser” e o Polvo se não for bem seco cheira mal.
Será pedir muito ou será Politicamente (in)Correcto?

quarta-feira, fevereiro 03, 2010

Especulação na Azeitona e Azeite

Nas conversa que tenho tido com diversos olivicultores sobre o preço da azeitona e consequentemente com o preço do azeite, um ponto comum vem à baila em todas elas, que o facto de que alguém anda a ganhar fortunas com este negócio.
Se o preço da matéria-prima (azeitona) desce junto do produtor, o mais normal numa economia de mercado é que o preço dos produtos (azeite) que de si derivam desça também. Errado. O preço do azeite não tem acompanhado a descida do preço da azeitona e para este ano, após uma colheita que em termos de quantidade foi soberba, será de esperar que o preço do azeite desça, mas tal sinal não se está a verificar.
Perante esta situação, resta saber quem nos está “ a ir ao bolso”, sabendo de antemão que os olivicultores não são.
Será pedir muito ou será Politicamente (in)Correcto?

Censura ou falta de vergonha?

Escrevo esta crónica com o intuito de, enquanto me é permitido exprimir a minha opinião livremente, prestar a minha homenagem ao grande jornalista que é o Mário Crespo.
Mas ao prestar esta homenagem ao Mário Crespo, não a presto apenas a si mas também aqueles que como ele, não têm medo de dar a sua opinião, principalmente no que concerne às injustiças e perseguições que o (des)governo de José Sócrates tem perpetrado contra quem ousa discordar da sua governação.
Independentemente da maior ou menor veracidade da conversa que deu origem a que o artigo de opinião de Mário Crespo no Jornal de Notícias, depois da forma como o PS conseguiu “eliminar” as vozes incomodativas da TVI (José Eduardo Moniz e Manuela Moura Guedes) já se esperava e ninguém duvida, que de uma forma ou de outra Mário Crespo e Medina Carreira, seriam os alvos a abater.
Ora desta vez tiveram azar, porque os “bufos” também existem do outro lado, fazendo com que o assunto chegasse aos ouvidos do jornalista que, mercê da sua experiência, não demorou a perceber o porquê do súbito fim da sua colaboração de cerca de dois anos com o JN.
Consequências desta situação, são os inquéritos abertos pela Entidade Reguladora da Comunicação bem como o escândalo que desta vez demorará mais a resolver, uma vez que o grupo de Balsemão, felizmente, ainda não é dominado por um qualquer grupo de empresários Socialistas, sejam eles nacionais ou espanhóis.
O José Sócrates já demonstrou que lida mal com a crítica, principalmente quando a mesma é feita de forma sucessiva por pessoas que cativam e merecem o respeito de toda a sociedade e, quando essa crítica tem fundamento ou resulta de autênticos “tiros no pé” que o próprio ou os seus ministros, vão dando.
A censura deveria ter acabado com o 25 de Abril de 1974 mas pelo que se vê ainda existem uns e outros que pensam o contrário, talvez inspirados pelas teorias de esquerda que foram praticadas pelos regimes comunistas do passado e do presente (caso da Venezuela); talvez seja por isto que o Hugo Chávez gosta tanto de José Sócrates, uma vez que são tão parecidos.
O (des)governantes de Portugal deveriam ter mais vergonha na cara e aceitar a liberdade de expressão tal como ela é, uma vez que a crítica deve ser encarada como uma hipótese para melhorar e não como um ataque pessoal.
Será pedir muito ou será Politicamente (in)Correcto?

terça-feira, fevereiro 02, 2010

Orçamento Estado 2010/Despesismo dos Ministros Portugueses

Ao ler a reportagem publicada hoje no Diário de Notícias sobre o OE para 2010, veio-me a cabeça a expressão popular “desavergonhados”, expressão esta que designa pessoas com falta de vergonha na cara, que pensam que enganam os demais.
Como é possível que tantos portugueses continuem a acreditar num (des)governo PS que tem afundado cada vez mais este país, após tantas promessas não cumpridas?
No reportagem em questão, é possível verificar que um (des)governo que nos pede à quase cinco anos para “apertar-mos o cinto”, que congela o aumento dos salários dos funcionários públicos (não que essa situação me incomode uma vez que no sector privado esta situação é normal e justifica-se em tempos de crise) para conter a despesa do Estado, aproveita agora para, e passo a citar, “vai aumentar a factura das suas despesas, em viagens, hotéis, telemóveis, carros e combustíveis em 3,2%... E atenção: estes gastos referem-se ao estrito número de pessoal directamente ao serviço dos 17 ministros e não incluem as contas dos secretários de Estado e demais equipas”.
Ora falemos de valores concretos para se perceber a grandeza dos números. Este aumento de 3,2% significa que se passam cerca de 5,7 milhões de euros em 2009, para cerca de 5,9 milhões de euros em 2010.
Mas como diz o povo “chamemos os bois pelos nomes” e escalpelizemos melhor este aumento, referindo em cada um dos items consagrados para estas contas, apenas os exemplos mais escandalosos:
• Hotéis e viagens – Ministro dos Negócios Estrangeiros
2009 – 122 798€ 2010 – 500 000€
• Telemóveis – Ministra do Ambiente
2009 – 39 000€ 2010 – 80 000€
• Carros – Ministra do Ambiente
2009 – 44 707€ 2010 – 117 000€
• Combustíveis - Ministra do Ambiente(a) e Ministro dos Negócios Estrangeiros(b)
2009 – 19 000€ 2010 – 70 000€(a)
2009 – 4 500€ 2010 – 15 000€(b)
• Horas extraordinárias – Ministro da defesa
2009 – 130 000€ 2010 – 150 000€
• Ajudas de custo - Ministra do Ambiente(a) e Ministro da Presidência(b)
2009 – 5 000€ 2010 – 40 000€(a)
2009 – 925€ 2010 – 4 000€(b)
• Estudos e pareceres – Ministro das Obras Públicas
2009 – 1 500€ 2010 – 43 411€
Estudando os números é possível chegar à conclusão que nalguns casos os aumentos
chegam a ser de mais de 300% relativamente ao ano transacto, o que torna a situação mais vergonhosa. Os defensores do PS, nomeadamente os seus “boys” nos seus blogues “insuspeitos”, irão alegar que existem cortes em algumas despesas e que o aumento, no seu total é apenas de 3,2% mas se tais cortes existem (refira-se que apenas o Ministro das Finanças dá o exemplo e corta a despesa em quase todos os itens) não são suficientes pois um aumento da despesa de 3,2% num ano em que a inflação prevista é de 0,8% continua a ser um aumento bastante grande.

Sugiro aos membros do (des)governo de Portugal que sigam os bons exemplos lá de fora e que também já acontecem em Portugal ( se não estou em erro na CM da Vidigueira) e reduzam os respectivos salários como mais uma medida para combater o défice, como forma de acabarem com o regabofe a que estavam a habituados na legislatura anterior, onde contavam com uma maioria parlamentar que permitiu desvarios deste tipo durante 4 anos, isto é, como forma de dar o exemplo.

Será pedir muito ou será Politicamente (in)Correcto?

segunda-feira, fevereiro 01, 2010

Desemprego em Portugal

Ao ler o artigo do Expresso (30-01-2010) “Queremos um emprego para os nossos pais” a primeira imagem que me veio à cabeça foi a das faces das pessoas que no final de Janeiro pude observar quando me desloquei ao IEFP de Évora, faces estas que como as dos muitos portugueses que se encontram desempregados, mostram expressões de dor mas principalmente desespero, perante a situação em que se encontram.
Falo de desespero pois, em muitos casos mas não só, todos os trabalhadores de uma família se encontram numa situação que está a minar e desagregar as famílias portuguesas e, consequentemente, a sociedade portuguesa. E já nem se pode falar de falta de apoio por parte das entidades competentes (embora ainda não seja, nem de perto, o que seria desejável), uma vez que mesmo tendo em conta a diminuição de tempo mínimo para se poder ter direito ao subsídio de desemprego aprovada recentemente ou o subsídio social de desemprego (cujos valores continuam a ser vergonhosos) há uma realidade a que a maior parte destes desempregados não podem escapar.
Não podem escapar à realidade da crise económica, e não só, que a nossa sociedade atravessa, crise esta que faz com que um indivíduo de 35 anos possa ser considerado novo para se reformar mas velho para trabalhar (assim se desculpam os empregadores). Quanto a esta realidade permitam-me apenas opinar que como é normal nunca seguimos os bons exemplos que vêm de fora, uma vez que nas sociedades mais avançadas os trabalhadores (ou colaboradores, como as empresas gostam de dizer na actualidade) mais experientes são bastante valorizados em virtude dessa mesma experiência. E não pensem que estou a falar de algo que não conheço ou não me afecta, porque o viver e trabalhar fora do nosso país permitiu-me conhecer outras realidades mas também porque o flagelo do desemprego me bateu à porta, fazendo com que pertença aos mais de 500 mil desempregados de Portugal.
Mas voltando ao artigo que me levou a escrever esta crónica, após a revolta inicial mas profunda da situação que os especuladores económicos criaram e que com a ajuda dos (des)governos incompetentes, como o do José Socrates, colocaram o nosso Portugal à beira da ruptura, outra mensagem mais relevante e que me fez acreditar que é possível dar a volta, se me colocou.
Uma mensagem de esperança num futuro melhor, pois os jovens que antes viviam num conceito de sociedade consumista, em que o que é valorizado é a posse de bens materiais, quanto mais caros melhor, são agora jovens que, fruto do desemprego que atingiu os seus progenitores, se voltam mais para uma nova concepção de valores, que valoriza mais o belo da simplicidade, sem necessidade de tanto materialismo e que estão a aprender a viver e a ser felizes com o pouco que têm.
Resta-me apenas pedir aos nossos actuais (des)governantes que criem condições reais para a solução deste flagelo que é o desemprego, mas que não se esqueçam de criar condições para que estes jovens possam ser devidamente apoiados, enquanto os seus pais não o puderem fazer.
Será pedir muito ou será Politicamente (in)Correcto?