quarta-feira, março 23, 2011

Portugal e o FMI

Depois da demissão de José Sócrates, parece-me inevitável que o FMI entre em Portugal. Mas será assim tão mau que tal aconteça? Penso que não. Será certamente duro, para não dizer bastante duro.
Contudo, a acontecer esta situção gostaria de explanar aqui alguns dos pontos positivos e negativos que esta situação irá acarretar.
Começando pelos últimos, os negativos, certamente o FMI irá aplicar medidas de austeridade, algumas das quais foram agora rejeitadas neste PEC IV, mas que são necessárias; de certeza essas medidas serão aplicadas de forma indiscriminada e para todos; ocorrerão perdas de postos de trabalho e de regalias, principalmente no sector do Estado.
Mas passando para os aspectos positivos, parece-me que será da mais elementar lógica, que com a entrada do FMI em Portugal, nos consigamos financiar a 5% ( segundo as últimas informações este organismo vai baixar para 4% o juro do pacote de ajuda à Grécia e à Irlanda) em vez de nos financiarmos nos mercados internacionais a 8% e 8,5%, onde estamos à mercê dos especuladores internacionais, deixando de hipotecar o futuro económico-financeiro de Portugal; com a entrada deste organismo no nosso país há a certeza de que finalmente os buracos e os "rabos de palha" que os (des)Governantes deste país (neles incluo também os do meu partido, o PSD, pois também temos alguma cota parte na questão) serão postos a descoberto; mas o ponto mais positivo que tiro desta situação é o de que o FMI irá, de certeza absoluta, combater o problema do déficit do Estado combatento a raiz do problema, isto é, através da redução da despesa, através do emagrecimento dos sectores público e empresarial do Estado, em vez de optar pelo aumento puro e duro, sem olhar a meios e a quem, da receita, através do aumento indiscriminado dos impostos, principalmente os que afectam as classes mais desfavorecidas do Povo Português.
Resta-me acalentar a esperança de que todo o esforço que irá ser pedido ao Povo Português dê frutos e que dentro de dois a três anos,consigamos começar a recuperar.
Peço por isso que os Portugueses tenham paciência e deixem trabalhar o próximo Governo, que espero e tudo farei para que seja liderado pelo Pedro Passos Coelho, pois como diz o ditado "Roma e Pavia não se fizeram num dia".
Será pedir muito ou será Politicamente (in)Correcto?

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